Como baixar a taxa de esforço e libertar liquidez para investir?
Está no processo de decisão de compra da sua casa e quer saber se tem as condições financeiras para avançar? Ou quer garantir que conseguirá comprar uma casa sem vir a ter problemas na aprovação do seu crédito habitação? Neste artigo mostramos como pode fazer para baixar a sua taxa de esforço para garantir uma maior capacidade financeira para investir.
Em que consiste a taxa de esforço?
O conceito de taxa de esforço é um conceito muito ligado ao negócio bancário e ao crédito. A taxa de esforço é um indicador simples que relaciona o valor das prestações com créditos com o valor dos rendimentos mensais líquidos.
Ao calcular a taxa de esforço procuramos perceber qual o valor do rendimento (em percentagem) que é destinado a pagar as nossas despesas fixas (há bancos que consideram um valor fixo por cada filho, por exemplo). O objetivo é garantir que a pessoa tem a capacidade para honrar com todos os seus encargos financeiros, pelo que importam todos os créditos e não apenas o crédito habitação. Caso deseje calcular a sua taxa de esforço real sugerimos que consulte o nosso simulador de taxa de esforço.
Como baixar a taxa de esforço?
Analisando a fórmula anterior, percebermos que baixar o valor da taxa de esforço temos dois caminhos:
- Aumentar os nossos rendimentos;
- Reduzir as nossas prestações com créditos e as nossas despesas fixas.
Como reduzir as despesas mensais fixas?
Caso queira melhorar a sua taxa de esforço com o menor esforço possível o caminho a seguir deverá ser o caminho do corte de custos. Neste contexto, é fundamental perceber quais as suas principais despesas e negociar os contratos. Por exemplo:
- Créditos – Antes de pedir o seu crédito habitação deverá garantir que tem a sua estrutura de créditos otimizada. Esta otimização pode passar por consolidar créditos (agregar os créditos num único para baixar prestações) ou por negociar as taxas de juro com as financeiras onde tem os seus créditos. Pode ajudar, ainda, recorrer a um intermediário de crédito que negoceie as melhores condições do crédito por si, sem qualquer custo.
- Escolher um imóvel mais adequado – Na prática, falamos aqui da redução do valor do empréstimo para a compra da sua nova habitação. Escolher um imóvel adequado à sua realidade, talvez com o apoio de um consultor experiente ou em projetos de qualidade pensados para famílias reais, pode fazer toda a diferença no valor da sua prestação mensal.
- Seguros – É possível melhorar a relação entre o custo dos seus seguros e as coberturas que tem, mas não olhe apenas para o preço. Consulte um mediador de seguros da sua confiança e negoceie melhores condições, descontos comerciais de envolvimento ou mude os seguros para seguradoras mais agressivas.
- Telecomunicações – É bem provável que tenha as condições comerciais desatualizadas, pelo que deverá criar o hábito de as negociar todos os anos, mesmo que tal signifique aumentar o período de fidelização.
- Utilities – Pode baixar os seus encargos com eletricidade e gás ao juntar os contratos num único operador. Se tem abono de família tem ainda direito à tarifa social em ambos os contratos. Adicionalmente, quanto mais filhos tiver menos pagará na conta da água (bastará ir ao operador da sua zona e apresentar o seu IRS ou declaração da junta de freguesia).
É certo que algumas destas ideias não vão impactar diretamente a taxa de esforço tal qual é calculada pelo banco. No entanto, deveremos considerar que não nos deverá apenas interessar a avaliação do banco. Deve-nos interessar a nossa liquidez e rendimento mensal para conseguirmos alavancar o retorno do nosso investimento imobiliário. Talvez no início nos devamos focar mais naquelas despesas que identificámos mas com o nosso progresso e com uma carteira de imóveis maior temos de considerar o rendimento mensal, o peso das prestações no rendimento global e outras métricas.