Como controlar as suas emoções nos investimentos?

O mundo dos investimentos está muito ligado às emoções de medo e de ganância. Facilmente oscilamos entre as suas, especialmente em momentos de mercado mais agitados. Neste artigo damos-lhe algumas dicas para controlar as suas emoções quando está a investir. Não é fácil, mas algumas regras são fundamentais.

Quando tomamos decisões mais emotivas?

Existem momentos da nossa vida que controlamos perfeitamente as nossas emoções mas existem outros em que somos confrontados com a emoção. Assim, saiba que existem diversas circunstâncias que nos levam a ceder à emoção:

  1. Quando um problema é demasiado complexo (temos alguma preguiça para pensar);
  2. Quando não temos toda a informação ou quando esta é ambígua;
  3. Quando não temos objetivos bem definidos;
  4. Quando estamos em situações de grande stress.

Como sabemos, ao não definir objetivos, ao não dominarmos todos os conceitos em torno dos investimentos e ao não fazermos um estudo aprofundado sobre as aplicações financeiras, acabamos por tomar decisões mais emotivas. Percebemos que com algum estudo e dedicação podemos evitar estas influências.

Definindo algumas regras

Se quer controlar as suas emoções enquanto investidor pode seguir um conjunto de estratégias. Para maior detalhe sugerimos que consulte o nosso livro “Manual das Finanças Pessoais”:

Imposição de objetivos, limites e prazos

A primeira e principal ideia passa por impor objetivos, limites e prazos. Ou seja, antes de iniciar o seu percurso, saber à partida alguns critérios de atuação. Por exemplo, é natural que vendo um investimento a valorizar não o queiramos vender. Em alternativa, definir um preço de venda em situação de queda. Se definirmos uma regra à partida podemos tomar uma decisão previamente e não seremos condicionados pela emoção na altura.

Estudo de cenários

Outra ideia interessante passa por definir previamente o que fazer em caso de acontecer algo que já previa. Por exemplo, decidir vender uma ação quando a empresa apresentar resultados que sejam inferiores às expetativas. Ou decidir comprar um fundo de obrigações depois de conhecidos os relatórios da FED ou do Banco Central com uma decisão favorável. Enfim, perceba-se a ideia. Prever antecipadamente ações para que quando determinado acontecimento se verificar saibamos logo como atuar.

Imposição de Regras

Quando falamos de regras no investimento temos de falar claramente das regras de Stop Loss ou Stop Gain. Na prática, definir um valor para a venda de um ativo, seja em situação de valorização seja em situação de perda. Assim limitamos os ganhos e as perdas. Claro que não fará muito sentido limitar os ganhos mas também sabemos que por vezes as ações têm um comportamento irracional e pode mesmo fazer sentido fechar uma posição e fixar os ganhos.

Ponha-se no outro lado

Gostamos particularmente desta regra. A falta de humildade de alguns investidores faz com que pensem que têm um feeling ou que sabem mais do que os outros. Esta regra diz-nos para nos colocarmos nos sapatos do outro investidor. Na prática, se estamos a comprar alguma coisa é porque alguém está a vender. Quais os argumentos? Será que está a vender a ação porque sabe que os resultados vão ser piores? Ou será que o contexto económico vai penalizar determinada empresa? Procure pensar nos argumentos hipotéticos dos vendedores para melhorar a sua tomada de decisão.

Evitar os especialistas

Existem imensos especialistas, especialmente os especialistas da corretora ou do banco que lhe querem vender os seus serviços. Esta ideia é particularmente importante quando falamos das corretoras financeiras, que ganham comissões sobre compra e venda de ações, mas não só. É bom que procure aconselhamento mas tenha cuidado com as intenções de quem está do outro lado. Aliás, não faz sentido perguntar ao barbeiro se precisamos de um corte de cabelo…

Estas e outras ideias podem ajudar a melhorar a sua tomada de decisão e a gerir o retorno e o risco da sua carteira de investimentos. Tenha em mente que devemos procurar ter uma estratégia bem feita e bem pensada para estarmos permeáveis a estas e outras influências emocionais. Porque nos investimentos, muitas vezes, somos os nossos piores inimigos. Se precisar de ajuda para definir a sua estratégia de investimento, pode beneficiar dos serviços de coaching financeiro e formação.

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