Aumentar os ativos – Lição do Monopólio
Devemos contar pelos dedos quem nunca jogou o monopólio pelo menos uma vez na vida. Acabamos por jogar pelo prazer do jogo e muitas vezes desconsideramos as aprendizagens que podemos retirar deste jogo. Neste artigo vamos falar-lhe de duas lições que retiramos do jogo do Monopólio para as nossas finanças pessoais.
Construir uma base de ativos
O monopólio é um jogo que consiste em constituir uma base de ativos. Na prática, vamos andando no tabuleiro e é-nos dada a possibilidade de comprar propriedades e de fazer construções para aumentar o seu valor. Assim, temos de decidir se compramos determinada localização e depois temos de decidir ainda se construímos casas e, depois, se construímos o hotel.
Como sabemos, se um jogador concorrente cair na nossa localização terá de pagar pela estadia, sendo que pagará tanto mais quanto mais construções aí tivermos. Logo, falamos assim da aquisição de propriedades e consequente investimento nas mesmas. Cada propriedade tem o seu valor, dependendo da localização, e o investimento terá um certo nível de retorno que temos de medir para tomar decisões.
Ao cair na nossa casa, os concorrentes pagam um determinado montante e se não tiverem terão de vender as suas propriedades para liquidar. Entramos aqui na lógica de que quem tem sucesso vai acumulando ativos e quem não tem acaba por ter de ficar sem os seus ativos, acabando por perder o jogo.
Investir no imobiliário
A segunda lição que retiramos é da necessidade de investir em imobiliário e esperar obter rendimentos elevados por esse investimento. Aprendemos a importância da localização dos imóveis, localização que implicará mais ou menos rendimento gerado. Aliás, certamente que já ouviu que o fator crítico de sucesso no imobiliário é a localização, certo? Sendo verdade, acreditamos que é importante ponderar muito bem e sempre a relação entre o rendimento e o custo do investimento pois existem zonas menos nobres onde conseguimos uma maior taxa de retorno, mas isso é tema para outro artigo.
Uma lógica diferente
Ao iniciarmos a nossa vida profissional somos desde logo convidados a começar a gastar o dinheiro que recebemos. Ninguém nos fala da importância de poupar esse dinheiro e de o investir. O primeiro passo é gastar, porque achamos que temos direitos. É verdade. Temos direito a usar o dinheiro como achamos melhor. Depois, queremos comprar uma casa ou um carro e acabamos endividando-nos para atingir este objetivo. Quem nos empresta o dinheiro fez exatamente o oposto. Primeiro poupou e depois recolhe os frutos do seu esforço (os juros que nós pagamos). Assim, esta lição do monopólio devia-nos ajudar a mudar a ordem de prioridades. Começar a poupar dinheiro, que depois poderemos investir para obter rendimentos. Passamos do campo de quem paga juros para o de receber juros. E tudo muda…
Porque é que não investimos mais dinheiro? Porque temos dificuldade em inverter a ordem das coisas e mantermo-nos endividados sem uma estratégia de investimento bem pensada e lógica? Se calhar porque nunca nos ensinaram sobre dinheiro. Talvez porque é difícil tomar as opções necessárias para chegarmos aos nossos objetivos. O certo é que temos de inverter esta tendência se queremos ter mais qualidade de vida.